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Uncategorized26 Dec 2008 09:39 am

Nunca tive muito medo de compartilhar minhas alegrias e tristezas. Certamente é por isso que me atraiu a idéia de jogar no espaço virtual minhas idéias, como agora.

Com essa prática aprendi e aprendo valiosas lições. Uma, nem sempre é bom falar tudo que se pensa. Dois, na maioria das vezes, as pessoas não me entendem. Três, existem pessoas que poderão e irão usar suas palavras contra você. Mas, a quarta lição compensa as demais. Recebo continuamente presentes maravilhosos, amigos féis (poucos, claro!) e sensações indescritíveis de alegria ao sentir o carinho de quem quer o meu bem.

Hoje, no ritmo das mudanças e embalando meu coração mareado de saudade e dúvida, minha querida amiga Jú deu o tom de aconchego que me faz tão bem. Ela foi demais ao mandar de presente nada menos que Fernando Pessoa. E, acreditando ainda mais no poder da quarta lição, compartilho este tesouro, que tenho certeza vai trazer somente coisas boas…

“Navegue, descubra tesouros,mas não os tire do fundo do mar,o lugar deles é lá.

Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra.


Curta o sol, se deixe acariciar por ele, mas lembre-se que o seu calor é para todos.

Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.


Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.

Não apare a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos, não pode molhar só o seu.

As lágrimas?

Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.

O sorriso!

Esse você deve segurar, não o deixe ir embora, agarre-o!


Quem você ama?

Guarde dentro de um porta-jóias, tranque, perca a chave!

Quem você ama é a maior jóia que você possui, a mais valiosa.


Não importa se a estação do ano muda, se o século vira, se o milênio é outro, se a idade aumenta…

Conserve a vontade de viver, não se chega à parte alguma sem ela.


Abra todas as janelas que encontrar e as portas também.

Persiga um sonho, mas não o deixe viver sozinho.

Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho.

Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas não enlouqueça por elas.


Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual for.

Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.

Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam.

Olhe para o lado, alguém precisa de você.


Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.

Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.

Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.

Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.


Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!

Não se acostume com o que não a faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.

Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.


Se achar que precisa voltar VOLTE!

Se perceber que deve seguir SIGA!

Se estiver tudo errado COMECE NOVAMENTE.

Se estiver tudo certo CONTINUE.

Se sentir saudades MATE-A.

Se perder um amor NÃO SE PERCA!

Se achá-lo SEGURE-O!


Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.

“O MAIS É NADA”.

Seja Feliz”
My thoughts and Uncategorized10 Dec 2008 11:00 am

A idéia de ter um blog como este não é ter um diário. No entanto, o que são nossos relatos senão reflexos do que vivemos?

Às vezes pode ser difícil separar as experiências do cotidiano daquilo que nos atrai enquanto leitores. Por um lado podemos tentar escapar da realidade através da leitura e esquecer, ainda que momentaneamente, os acontecimentos ao nosso redor  e que tanto nos perturbam. Por outro lado, gosto de usar minhas leituras para entender determinadas situações.    

Ao travar contato com o outro acabamos por entrar em contato com as mais diversas emoções e sentimentos. Por vezes, nos deixamos influenciar pelo que o outro despeja em nossos braços. Somente após respirar fundo algumas vezes e se retirar para uma pausa reflexiva, entendemos que não se trata de um problema nosso, mas do outro.

Nesse momento minha estratégia é refugiar-me em alguma leitura e aproveitar a chance que o outro me dá de analisar e, com sorte, entender, um pouquinho mais, outra faceta humana.

Por esta razão, saí em busca de algo que pudesse me confortar ou dar espaço à minha ira de forma construtiva ao me deparar com demonstrações explícitas de inveja e, por conseqüência, mesquinharia. Não sei qual dos dois sentimentos me é mais repulsivo. Quanto à inveja, esta pode ser “benigna”, quando se trata de uma inveja relacionada à admiração do outro. Mas a inveja que somente busca destruir e, como mencionei, leva ao caminho da mesquinharia, ah, esta é imperdoável.

Kant veio ao meu socorro. Ou, pelo menos, trouxe em suas palavras um pouco de esclarecimento para esse sentimento tão infeliz:

“Envy is a propensity to view the well-being of others with distress, even though it does not detract from one’s own. [It is] a reluctance to see our own well-being overshadowed by another’s because the standard we use to see how well off we are is not the intrinsic worth of our own well-being but how it compares with that of others. [Envy] aims, at least in terms of one’s wishes, at destroying others’ good fortune. (Kant, The Metaphysics of Morals 6:459)

 

Envy is that passion which views with malignant dislike the superiority of those who are really entitled to all the superiority they possess. (Kant, The Theory of Moral Sentiments, p. 244)”

Além de Kant, Sir Francis Bacon escreveu sobre a inveja em seu ensaio – “Essays of Francis Bacon”, no capítulo “Of Envy”.

“A man that hath no virtue in himself, ever envieth virtue in others. For men’s minds, will either feed upon their own good, or upon others’ evil; and who wanteth the one, will prey upon the other; and who is out of hope, to attain to another’s virtue, will seek to come at even hand, by depressing another’s fortune.”

 

Enfim, estou enfrentando o monstro de olhos verdes e seus atos mesquinhos. Posso não ter as melhores armas e muito menos os mesmos artifícios dos invejosos, ainda bem! Mas, certamente, saio dessa briga sabendo que o perdedor não está digitando essas linhas e sim aquele que poderá lê-las, mas jamais terá a capacidade de compreendê-las.

Uncategorized09 Dec 2008 12:53 pm

Ler é parte essencial da minha vida. Contato com os livros, com as palavras, idéias, mundos diversos, teorias, visões divergentes sobre um mesmo ângulo. Sonho, fantasia e realidade que se misturam colorindo o árido dia-a-dia.

O papel dos livros e suas lições em minha vida jamais poderão ser esquecidos. Companheiros de noites insones ou causadores de insônia…Incomodam e provocam em determinados momentos, em outros, são conforto e libertação.

Uma das últimas definições que li sobre literatura é muito simples e, ao mesmo tempo, tão completa: “(…) literature is the art that expresses in words that appeal to our senses of the beautiful”. Há que se considerar, apenas, que a literatura pode ser somente um registro escrito, mas o artista, este sim, transformará a palavra em arte, expressão de beleza e a imortalizará.

Assim, rendo homenagem a um autor que todos já ouviram falar, mas acredito que poucos tenham, de fato, mergulhado em sua obra: Franz Kafka e “Metamorphosis”. Pena que não sei alemão… Mas a leitura em inglês ajudou. Não é à toa que se trata de texto imortal. É ler para crer… Não tenho a menor intenção de fazer uma análise crítica de Kafka, não tenho o menor direito. Só sei que se trata de mais uma daquelas leituras que jamais se apagará da memória. Ficará o incômodo e a perplexidade sobre a genialidade de alguns seres humanos. Rendo-me completamente a essa admiração e reafirmo as palavras do autor que diz que existem muitos escritores, mas nem todos são, realmente, artistas.

Uncategorized25 Nov 2008 07:07 pm

Mafalda está en el subte de Buenos Aires!

Foi inaugurado um grande mural, com 400 azulejos, no metrô de Buenos Aires em homenagem à Mafalda. Essa menininha inquieta e irresistível com quem partilhei boa parte da minha infância, lendo as tirinhas que ilustravam a enciclopédia sobre educação e saúde infantil que meus pais tinham! Essa precoce criança já palpitava sobre o mundo desde muito tempo atrás e chegou a colocá-lo de cama por achar que estava doente! Ela e seus amiguinhos questionavam (questionam?) o mundo e como as coisas são…

O mural mede mais de 15 metros de largura por 1,5m de altura. Nele, Mafalda compara a calma do seu globo terrestre com o estado calamitoso do mundo atual.

 

Enfim, não dá prá resistir…Vejam as notícias: http://www.revistaenie.clarin.com/notas/2008/11/20/_-01806871.htm

http://www.viarosario.com/espectaculos/noticias/mafalda-llego-al-subte-de-la-mano-de-quino.html

Gracias Quino!

Uncategorized20 Nov 2008 05:48 pm

Uma das coisas que mais me agrada é saber que não importa quanto tempo um livro ficará na prateleira, ele será lido e esse será o momento certo. Livros não fazem cobranças, eles aguardam nosso tempo, nossa disponibilidade e vontade.

Ganhei um belo livro de um amigo no Natal do ano passado. Comecei a ler e parei. Recomecei. Agora sim, chegou o momento. Às vezes me arrependo por demorar tanto em ler certos livros, mas o que fazer? Ainda assim, nunca é tarde…

O autor, Rainer Maria Rilke, o livro “Cartas a jovem poeta e A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke”. O que dizer do autor? Segundo a Wikipedia:

Rainer Maria Rilke (also Rainer Maria von Rilke) (4 December 1875 – 29 December 1926) is considered one of the German language‘s greatest 20th century poets. His haunting images focus on the difficulty of communion with the ineffable in an age of disbelief, solitude, and profound anxiety — themes that tend to position him as a transitional figure between the traditional and the modernist poets.” – http://en.wikipedia.org/wiki/Rainer_Maria_Rilke

Segue um trecho dessa descoberta tardia e um pouco arrependida…Agradeço ao Gilberto, responsável por este momento de reflexão…

“´(…) É bom estar só, porque a solidão é difícil. O fato de uma coisa ser difícil deve ser um motivo a mais para que seja feita.

Amar também é bom: porque o amor é difícil. O amor de duas criaturas humanas talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta, a maior e última prova, a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação. Por isso, pessoas jovens que ainda são estreantes em tudo não sabem amar: têm que aprendê-lo.

Com todo o seu ser, com todas as suas forças concentradas em seu coração solitário, medroso e palpitante, devem aprender a amar. Mas a aprendizagem é sempre uma longa clausura. Assim, para quem ama, o amor, por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento cada vez mais intenso e profundo. O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa. Que sentido teria, com efeito, a união com algo não esclarecido, inacabado, dependente? O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe. Do amor que lhes é dado, os jovens deveriam servir-se unicamente como de um convite para trabalhar em si mesmos (“escutar e martelar dia e noite”). A fusão com outro, a entrega de si, toda a espécie de comunhão não são para eles (que deverão durante muito tempo ainda juntar muito, entesourar); são algo de acabado para o qual, talvez, mal chegue atualmente a vida humana (…)”

 

Uncategorized18 Nov 2008 09:21 pm

I’m really, really happy! That’s the first contribution to this humble virtual space…

Sua Baquero is a Colombian professor taking a Master’s in Cinema in Campinas. We met by chance and she helped me with a very important professional task. But, the best thing was to get her e-mail with her “poemita”. It is great to see reality with her touch of poetry…

Thank you Sua, for this “muy lindo” gesture of kindness. I hope you all enjoy it!

Carta en los días de calor
Sua Baquero
 
Aquí nos asamos de calor, sudamos hasta de respirar y ocultamos la cara de sol ( tratamiento antiarrugas post-treinta),
hago la dieta de la ahuyama, se me arrugan las manos cuando toco mucho tiempo el agua (falta de potasio según la leyenda materna) ,
grabo discos de Elis Regina y me conmuevo porque mi amiga Milena que es mamá hace seis meses me escribe para contarme que además del amor y la alegría,
con un hijo se siente un tipo diferente -mas intenso- de culpa…
 
Conversé con Amneris que se pinta las uñas larguísimas de rojo encendido y 
anteayer lloré hasta que me quedé dormida en la sala  de la casa por culpa e unas cervezas a más,
continuo suspirando por unas papas criollas con guacamole,
y a veces pese a que me siento más madura sigo sin entender nada, todo tan contradictorio, tan paradójico…
 
Me lleno de ternura porque un estudiante se asustó cuando vio una fotografía de un pájaro,
y me admiro cuando un compañero me cuenta que cuando niño comía aire con sabor a cocada..
  
Hablo por internet casi todas las noches con Miguel (amistades virtuales?),
leo un libro de un neurocirujano, y me sorprende como t-o-d-o, en últimas, está en el cuerpo…
y el último sueño que recuerdo fué con un caballo negro del tamaño de un pequinés que me lleva
de una cuerda roja por unas escaleras blancas de marmol…
 
Quiero querer dejar de fumar
y cada día que pasa sólo aproxima el viaje a Colombia…
 
Y así están las cosas, (un poco)
muita samba, muito sol e rock and roll…

Uncategorized27 Oct 2008 05:03 pm

So, how do we begin blogging? That’s the question that bugs me…I’m not a geek, a web designer, or any kind of artist…I guess it’s all about trying and making mistakes. Hm, that sounds fun! Shall we begin?

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