January 2011


My thoughts28 Jan 2011 01:07 am

Saber quando será o momento de fechar os olhos, confiar e saltar…

Quando será que sentirei a irresistível vontade de me deixar levar pelo sono profundo, guardado por mãos e olhos amorosos?

Quando será que poderei chorar sem razão, no ombro de quem não se assusta com um mar de lágrimas ou risadas imparáveis?

Quando será que a vida vai me permitir o despertar lento e tranquilo ao lado de quem parece que sempre esteve neste lugar?

Será que em algum momento as tristezas serão pequenas o suficiente para permiterem o assentamento das alegrias?

Quando será que mesmo que as coisas não estejam em seu devido lugar, tudo se encaixa?

Será que terei novamente a oportunidade de sonhar com o futuro e sentir saudade mesmo do presente?

Será que um dia vou voltar a ter onde parar e onde começar? E melhor, será que se eu simplesmente quiser ficar, poderei?

Porque não posso continuar me dividindo só um pouquinho, me doando em lentas prestações, aceitando menos que a metade, menos que uma parte.

Porque já não me satisfaz a fugacidade de um encontro e a dor perene da despedida. Quero viver o momento em que apenas um encontro será suficiente e as despedidas serão fugazes. Esse encontro em que os olhos falam, a boca acata e o corpo se molda.

Desejo saber o momento de deixar de esperar, o momento de confiar, o momento de calar e o momento de falar. Não desejaria deixar de sofrer, mas desejaria entender que a dor faz sentido.

Desejo a sabedoria da experiência temperada com a leveza do novo, sem medo que o novo seja apenas a repetição de velhos contos em novas capas.

Será que da realidade dessa vida se pode fazer uma ficção onde mesmo sem finais felizes, a trama demonstra sensatez?

Quando será que as indagações me deixarão descansar?

Não encontro respostas e nem sei se existem.Vou continuar vagando, nesse caminho tão incerto, nessa vida tão grande onde cabem tantas dúvidas. A certeza é que a angústia vai me acompanhar em alguns momentos. Em outros, ela vai me abandonar e vou ter que me conformar com as chegadas, com as partidas, e com a espera, que sempre será minha razão de estar.

My thoughts19 Jan 2011 12:32 pm

Acabei de cunhar meu próprio termo autodescritivo. Não tenho licença poética para criar minhas próprias palavras, mas me permito tentar expressar meus sentimentos em palavras. Tarefinha complicada. Ultimamente, mais ainda.

Quando alguém se apaixona e se decepciona jura, como quem bebe demais, que nunca mais! Sim, a dor do desamor é grande, duradoura e profunda. Além disso, ficam memórias de atos ridículos, que fora de contexto só servem para atestar quanto podemos ser cegos quando apaixonados.

Mas, não se apaixonar também não leva a lugar algum. Estive pensando como a vida é difícil sem o encanto temporário de um amor. A ilusão de felicidade interminável, daquela dorzinha gostosa de saudade, dos sorrisos no meio da rua, para ninguém, para o mundo. De como os dias de sol se tornam frescos e os dias de chuva são um convite à preguiça e às divagações, a dois, a sós…

Enfim, estive pensando e cheguei a uma conclusão: preciso de tempo, um pouco de solidão, quietude mental e um amor maior que eu, porque está tudo meio sem graça…