My thoughts


My thoughts26 Mar 2011 04:16 pm

Não é novidade para ninguém que a vida é cheia de surpresas, tristezas, alegrias, amores, desilusão, arrependimentos, recomeços…Tampouco é desconhecido o fato de que ao viver estamos, de alguma forma, preenchendo o tempo até que a morte nos visite e faça com que o ciclo de vida e morte se perpetue. Ninguém questiona estas verdades.

Por outro lado, insistimos em não pensar em como tudo vai terminar. Nos encouraçamos, dia a dia, em nossa rotina, problemas, sonhos, até esquecer que haverá o dia em que deixaremos de ocupar o espaço que hoje nos cabe. Por agora, não nos importa quando ou como, posto que nessa matéria não existem “ses”. As vezes, nosso único desejo é que seja o menos doloroso para nós mesmos e para aqueles que amamos e ficarão a cargo de perpetuar nossa existência em suas memórias.

Assim, vamos vivendo e acumulando anos, histórias, lembranças…vamos trocando alguns sonhos por desilusões, surpresas por algumas alegrias, fotografando alguns momentos especiais, armazenando impressões, opiniões, sentidos e algumas feridas. Vamos lutando e, em alguns momentos, nos deixamos levar, naquelas horas solitárias, nos longos dias de reflexão, nos bons livros que nos acompanham e certamente, nas memórias.

Quando se inicia essa jornada com data incerta de término e com caminhos desconhecidos, temos a certeza de que por mais absurdos que possam ser os acontecimentos que nos tocam, jamais nos afastarão do nosso fim maior, da felicidade utópica, vendida, publicitada, negociada e, aparentemente, ao alcance de todos e de que somos merecedores. Mas, ao refletir com crueza e exatidão, podemos nos encontrar num desses caminhos desconhecidos que havíamos jurado jamais percorrer. Seja porque sua relação com nossa realidade era inimaginável, seja porque havíamos dito a nós mesmos que este caminho não nos interessava ou porque havíamos prometido jamais percorrê-lo. Neste caso, temos que admitir que o caminho que não queríamos percorrer não era de todo desconhecido. E, portanto, sentíamos que éramos fortes o suficiente para fazer os desvios necessários, as mudanças exigidas, o esforço constante e alcançar algo totalmente distinto. Percorrer o que nos dava prazer. Ter a ilusão de que a escolha foi única e exclusivamente nossa. Sentir que imperávamos sobre as vontades alheias, o destino, as heranças de  família.

Mas chega esse momento doloroso da verdade. Olhamos ao redor e nos questionamos de onde veio o caos. De onde saíram essas dores lacinantes. Por que nos custa tanto avançar, ou parar. Pensamos que deve ser falta de algo, óbvio, falta o trabalho ideal, falta o amor ideal, a casa ideal, o carro, a viagem, a conta bancária, o amigo, a beleza ideal. Então nos voltamos a essa busca incessante do que nos dizem ser tangível. Todo o ideal está ao nosso alcance e se não somos felizes, a culpa é só nossa. Porém, no meio do caos há um momento de clareza. Uma luz tênue começa a se desenhar bem no fundo do nosso ser, uma pequenina mostra do que não queremos enxergar.

Olhamos para trás, vasculhamos as gavetas da memória, deixamos que os sonhos nos tragam de volta aquela cena, um toque, sentimentos que ficaram sufocados no tempo, nos caminhos que pensávamos estar desbravando como pioneiros, descobridores, os primeiros e únicos. E entäo, ao nosso redor vão se formando cenários familiares. São pequenos gestos, algumas imagens, podem ser sons, podem ser sabores. Pessoas que vêm e que vão. Pode ser que tenhamos acumulado mais experiências, percorrido mais quilômetros, falado e ouvido mais, ou mesmo vivido menos, na  verdade, nada disso importa.

Porque o caos instalado não é ficção ou sonho. O que há é uma recusa em reconhecer que este caos tem sua origem e é nosso filho, irmão de nossas heranças familiares, amigo de nossas decisões, especialmente aquelas que dizíamos que jamais repetiríamos por se tratarem dos erros de outra pessoa.

Não importa onde eu vá, com quem esteja, o trabalho que tenha, o amor que me acompanhe, o dinheiro que acumule, as viagens que faça, as línguas que fale, os livros que leia, as músicas que escute ou os filmes que veja. A vida vai me surpreender e jogar comigo como se nenhuma das minhas decisões, mudanças, ou esforços tenha realmente me levado por um caminho único. A vida tem sua forma de provar que é mais forte do que eu. Totalmente indomável, ao ponto de ser enlouquecedora.

Estou num caminho já percorrido por outros. O caminho que jurei jamais percorrer. Dou-lhe meu toque pessoal, é claro. Enfatizo um lado, desmereço outro, apanho algumas flores no caminho, mas tenho que reconhecer que de todas as voltas e desvios, mudanças e paradas, parece que repito e repito o que já foi vivido por outro. Acumulo alguns logros, deixo algumas lembranças divertidas, não machuquei mais pessoas do que o normal e nem perpetuei em mais uma nova geração as dores que vivi. Ainda assim, não deixei de dar os mesmos passos, cometer erros tão similares e, acima de tudo, sentir de forma tão contundente o que jamais imaginei ser merecedora de sentir.

Por isso hoje sei, entendo, reconheço e me redimo perante isso que não sei nomear, essa força que alguns chamam de destino, outros de mandato familiar e aceito que dei voltas, percorri mais lugares e vi mais cenários do que quem me precedeu, mas na verdade estou no mesmo caminho, aonde quer que eu vá.

My thoughts15 Feb 2011 11:35 pm

Estado

Qualidade

Natureza

O que não é dividido ou composto

Ausência de complexidade

Ausência de complicação

Naturalidade

Despretensão

Sinceridade

Uma palavra que denota estado, qualidade ou natureza. Algo que está, é parte, inerente e que custa tanto em se fazer presente. Deve ser pela rotina, por causa do trabalho, das pessoas, das relações. Deve ser o estresse, devem ser as necessidades, as vontades, as inquietudes e as indecisões que me afastam do simples. Deve ser porque o simples é despretencioso, modesto, quieto, sem alarde e sem brilhos. Deve ser porque o simples é um grande não ao afã de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Deve ser ser porque simples é simplesmente abrir os braços e dar boas vindas ao inesperado, ao acaso, ao vento, dias de sol ou não. Deve ser o excesso de informação, a intensidade das emoções, o embaraço do silêncio, a fugacidade dos olhares, a incerteza das palavras e o suor das mãos. Deve ser porque não aceito o passo devagar, a mudança do calendário, o aumento da idade. Provavelmente é porque ainda quero que as palavras me sirvam, ainda desejo aquilo que já não pode ser, não deve ser e não precisa ser. Deve ser porque não aprendi ainda a desfazer as malas, ou mehor, porque ainda levo as malas, as mochilas, as caixas. Deve ser porque acredito no valor daquele bilhete, na utilidade daquela roupa, na necessidade daquele sapato, na importância das coisas. Deve ser porque desejaria acreditar que lançar âncora me trará felicidade. Só pode ser porque se me dispo de todas essas crenças, terei que enfrentar a carne crua, um toque doloroso, uma aflição que, simplesmente, quer ser esquecida.

My thoughts28 Jan 2011 01:07 am

Saber quando será o momento de fechar os olhos, confiar e saltar…

Quando será que sentirei a irresistível vontade de me deixar levar pelo sono profundo, guardado por mãos e olhos amorosos?

Quando será que poderei chorar sem razão, no ombro de quem não se assusta com um mar de lágrimas ou risadas imparáveis?

Quando será que a vida vai me permitir o despertar lento e tranquilo ao lado de quem parece que sempre esteve neste lugar?

Será que em algum momento as tristezas serão pequenas o suficiente para permiterem o assentamento das alegrias?

Quando será que mesmo que as coisas não estejam em seu devido lugar, tudo se encaixa?

Será que terei novamente a oportunidade de sonhar com o futuro e sentir saudade mesmo do presente?

Será que um dia vou voltar a ter onde parar e onde começar? E melhor, será que se eu simplesmente quiser ficar, poderei?

Porque não posso continuar me dividindo só um pouquinho, me doando em lentas prestações, aceitando menos que a metade, menos que uma parte.

Porque já não me satisfaz a fugacidade de um encontro e a dor perene da despedida. Quero viver o momento em que apenas um encontro será suficiente e as despedidas serão fugazes. Esse encontro em que os olhos falam, a boca acata e o corpo se molda.

Desejo saber o momento de deixar de esperar, o momento de confiar, o momento de calar e o momento de falar. Não desejaria deixar de sofrer, mas desejaria entender que a dor faz sentido.

Desejo a sabedoria da experiência temperada com a leveza do novo, sem medo que o novo seja apenas a repetição de velhos contos em novas capas.

Será que da realidade dessa vida se pode fazer uma ficção onde mesmo sem finais felizes, a trama demonstra sensatez?

Quando será que as indagações me deixarão descansar?

Não encontro respostas e nem sei se existem.Vou continuar vagando, nesse caminho tão incerto, nessa vida tão grande onde cabem tantas dúvidas. A certeza é que a angústia vai me acompanhar em alguns momentos. Em outros, ela vai me abandonar e vou ter que me conformar com as chegadas, com as partidas, e com a espera, que sempre será minha razão de estar.

My thoughts19 Jan 2011 12:32 pm

Acabei de cunhar meu próprio termo autodescritivo. Não tenho licença poética para criar minhas próprias palavras, mas me permito tentar expressar meus sentimentos em palavras. Tarefinha complicada. Ultimamente, mais ainda.

Quando alguém se apaixona e se decepciona jura, como quem bebe demais, que nunca mais! Sim, a dor do desamor é grande, duradoura e profunda. Além disso, ficam memórias de atos ridículos, que fora de contexto só servem para atestar quanto podemos ser cegos quando apaixonados.

Mas, não se apaixonar também não leva a lugar algum. Estive pensando como a vida é difícil sem o encanto temporário de um amor. A ilusão de felicidade interminável, daquela dorzinha gostosa de saudade, dos sorrisos no meio da rua, para ninguém, para o mundo. De como os dias de sol se tornam frescos e os dias de chuva são um convite à preguiça e às divagações, a dois, a sós…

Enfim, estive pensando e cheguei a uma conclusão: preciso de tempo, um pouco de solidão, quietude mental e um amor maior que eu, porque está tudo meio sem graça…

My thoughts21 May 2010 11:11 pm

Life is absolutely short, sometimes horribly shorter…I don’t do what I can’t, but many times fail to do what I can…The key? Live, learn and balance: it´s an individual search, a private conquer, a unique pleasure…

My thoughts17 May 2010 05:00 am

Continuo refletindo sobre as redes sociais. Seria eu uma vítima da modernidade? Será que pauto minhas escolhas no que vivencio virtualmente ou no mundo real? Quão forte é a influência deste meio de comunicação e interação? As pessoas se tornam mais relevantes ou mais descartáveis? Voyerismo ou exibicionismo? Egocentrismo ou desejo de compartilhar?

Meus conhecimentos não têm nada de técnicos ou qualquer embasamento científico, é pura curiosidade (e boa parte de insônia e excesso de pensamentos, bem, uma coisa leva a outra). Ah, como invejo aquela bacia do Dumbledore, em Harry Potter, “the pensieve”, onde se podem armazenar memórias que vão se acumulando com o tempo…

Mas, voltando à reflexão da madrugada, de acordo com a Wikipedia:

“a virtual community is a social network of individuals who interact through specific media, potentially crossing geographical and political boundaries in order to pursue mutual interests or goals. One of the most pervasive types of virtual community include social networking services, which consist of various online communities.” http://en.wikipedia.org/wiki/Virtual_community

Gostei principalmente da parte que fala de potencialmente possibilitar cruzar barreiras geográficas e políticas. A idéia me parece fantástica, mas será?

Bem, aí, “with a little help of Wikipedia, again”, creio que descobri o que mais me incomoda:

“Virtual communities are used for a variety of social and professional groups. It does not necessarily mean that there is a strong bond among the members, although Howard Rheingold, author of the book of the same name, mentions that virtual communities form “when people carry on public discussions long enough, with sufficient human feeling, to form webs of personal relationships”.[4] An email distribution list may have hundreds of members and the communication which takes place may be merely informational (questions and answers are posted), but members may remain relative strangers and the membership turnover rate could be high. This is in line with the liberal use of the term community.”

Agora faz mais sentido para mim. A questão está no “sufficient human feeling” – o sentimento humano. Por um lado é fantástico pensar que podemos comunicar sentimentos através de um meio virtual e alcançar várias pessoas. Ao mesmo tempo, é pavoroso pensar que se está sendo observado, dissecado, criticado, fofocado, etc, etc, por um monte de estranhos que não têm a menor idéia de quem você é.

Ir a um desses cafés moderninhos onde as pessoas tomam suas mega bebidas e enfiam a cabeça no computador é outra coisa que me intriga. Entendo perfeitamente a necessidade de estar próximo de pessoas de carne e osso (e laptop), ainda que estranhos. Ler um livro ou o jornal é uma boa idéia. Sentir-se parte de algo real e tangível. Mas como nos comportamos? Nos conectamos às redes sociais e ficamos trocando informações com quem não está, mas que poderia. Comodidade? Preguiça? Contingências do mundo moderno? Sei lá…Só sei que é uma das experiências “sociais” mais anti-sociais que já vivi.

Nessa oportunidade me senti uma verdadeira ilhota com meu laptop no colo, equilibrando um café e uma comidinha calórica, teclando e olhando ao redor. Que sensação mais ridícula. Se é para brincar de ilha, faço isso do conforto e do aconchego do meu lar e quando sair da minha caverninha, vai ser para olhar as pessoas nos olhos e não simplesmente o reflexo dos seus olhares pela tela do computador.

My thoughts05 May 2010 12:08 am

Porque o passado não passa. Parece que foi há muitas e muitas décadas. Um amontoado de acontecimentos e dores vão dificultando a visão e às vezes até parece que as coisas nem aconteceram. A idade vai se assomando. A maturidade exige postura e se tenta atender às demandas da vida adulta. Novos amigos, um grande amor, um casamento e tudo parece que vai durar para sempre.

Um dia, o casamento acabada, o amor se vai, amores muito mais profundos nos deixam estupidamente, num acidente…Muda-se de país, de idioma, de amigos, de “aires”. A memória é seletiva, parcialmente “deleta” dados. Há um excesso de informação que parece prejudicar a manutenção dos arquivos. Buscam-se novos prazeres, novos tons, texturas e temperaturas. Elimina-se o contato com a memória e saudade é palavra para ser apenas explicada, ensinada, deixa de ser sentimento. Mas o passado não passa. O beija-flor tatutado no braço continua lá. A pele, o músculo, a visão, todos os sentidos têm memória.

Dei voltas e voltas. Abandonei e fui abandonada, me perdi para voltar a me encontrar nas coisas mais básicas. Nas unhas roídas, nas noites insones, na rocha dura de uma montanha, na foto do pôr-do-sol que vivi tantas vezes. Na busca do risco, no esforço do corpo, no cansaço do trabalho, na música que havia apagado, nos nomes que havia esquecido. É preciso percorrer muitos quilômetros para chegar ao mesmo lugar, para se deparar com o inevitável.

Quando pensei que havia vazio, descubri imensidão de experiências. Quando pensei que era tempo de recolhimento, o passado reapareceu. Uma porta que se reabre, um nó que se reata, um impulso mais forte que a razão. O que quero hoje é simplesmente o que aprendi a amar no passado. Parei de lutar contra mim mesma, me entrego ao que sou. O beija-flor continua tatuado.

My thoughts01 May 2010 11:53 pm

E isso que eu não gosto de clichês, mas sempre caio neles e nos mesmos erros. Freud deve explicar minha negação…Enfim, a vida de estrangeira é sempre muito agitada. Em primeiro lugar está a sobrevivência, uma questão básica. Comer, vestir-se, ter um teto. São questões predominantes na vida de qualquer estrangeiro que está fazendo sua vida no exterior, especialmente nos primeiros anos, e sabe que não pode simplesmente pegar um avião e voltar para casa da mamãe.

Mas a gente também quer “diversão e arte”, como diziam os queridos Titãs. Não é possível ficar só no cotidiano e na pressão: trabalho-casa, casa-trabalho. Porém, diversão tem seus riscos quando se trata de uma cultura diferente. E a Argentina pode te enganar, e muito! Aqui, não sei se é devido à conhecida paranóia de todos, com relação a tudo, é uma arte conseguir ter um momento de distração tranquilo, sem ficar pensando se se está quebrando alguma regra social. Faço minha “mea-culpa” no sentido de que penso demais, ok, “my mistake”. Mas essa gente (que eu gosto e respeito muito) às vezes parece que vai me enlouquecer.

Então resolvi fazer uma pesquisa entre minhas poucas amigas argentinas e amigos, também, para obter dados da fonte. O tema é encontros. Como se comporta o macho argentino e como se espera que a fêmea responda. De acordo com a opinião de todos, muito moderninhos, não existe regra. O rapaz convida a mocinha para sair e as coisas acontecem naturalmente. Ha! Naturalmente mas nem em sonho. Descobri que existe um código social bem definido no que tange conquistas, encontros e possíveis relacionamentos.

Começa como se não fosse nada importante. O rapaz dá atenção para mocinha, mas sempre de maneira comedida, sem demonstrar grande interesse. Aos poucos, vão se falando. Podem ser colegas de faculdade, do trabalho, amigos de amigos, etc. E é assim: se ele tem interesse em conhecer melhor a mocinha, vai convidá-la para um programa light. Talvez um café no fim da tarde, nada muito comprometedor. Passam algumas horinhas conversando, falando de seus interesses, tentando impressionar um ao outro, enfim, momento de mostrar o melhor de cada um (chamo de a hora da publicidade). Se o rapaz tem interesse, gostou da publicidade (e a mocinha também), vai ligar depois, passados alguns dias. Aí, já vem o convite para jantar, se há interesse genuíno. Bom, esse momento para mim ainda é um mistério. Ainda não consigo entender se a maneira deles é mais simples e descomplicada ou simplesmente rigorosa demais para uma brasileira. O fato é que se a moça é convidada para jantar, primeiro: espera-se que o rapaz pague a conta e, segundo: que passem a noite juntos!

Não estou julgando a maneira como os argentinos armam o jogo da sedução, mas sinto que tudo é muito previsível e sem espaço para criatividade, dúvidas, incertezas, desejo, enfim, todo espectro de emoções que faz parte da natureza humana. Talvez os brasileiros sejam realmente mais criativos e menos rígidos, talvez nossa cultura permita levar a pessoa por quem você se interessou para o aniversário de um amigo. Talvez permita que as pessoas se conheçam em ambientes diversos e nem por isso sejam classificadas de alguma forma. Por aqui conhecer alguém em um bar ou boate, significa que não é e nunca será uma relação séria. É possível que nosso jeito de ser, de olhar, de paquerar, demonstre que estamos mais dispostos a errar! Que nem todos os rapazes são desprezíveis porque não pagam o jantar para a mocinha e nem todas as mocinhas têm a obrigação de “pagar” de volta a gentileza, indo para cama com o mocinho…Claro que sempre existe a opção de dividir a conta, assim, pelo menos, a mocinha pode ter a opção de, no caminho para casa, mudar de opinião!

De qualquer forma, estou aprendendo a decodificar as manias argentinas. Confesso que me assusto e custo a internalizar esses códigos. Faço uma verdadeira campanha interna para não me conformar a esses padrões. Mas, e se para viver bem em terras estrangeiras a única maneira é dançar conforme a música? Ai, me dá medinho…quero ser quem eu sou, não somente perpetuar comportamentos porque é assim e ponto. Vou deixar aqui minha reflexão/desabafo. Como residente apaixonada, estou um pouco perturbada. Quem sabe eu esteja deixando que a venda da paixão aos poucos caia para de fato enxergar as coisas como elas são…

My thoughts21 Apr 2010 09:25 pm

Acho redes sociais interessantes. Elas te dão uma idéia do que os amigos andam fazendo, pensando, organizando. Há pessoas que se encontram através de redes sociais depois de anos, é uma espécie de trabalho social. Bom.

Mas, em alguns momentos me assusto com algumas coisas que encontro por lá. Já me declarei e continuo me declarando uma residente apaixonada, o que permite que eu me sinta ofendida com certos comentários e “posts” preconceituosos. Além disso, não se trata apenas de desrespeito com os argentinos. Sou contra qualquer tipo de desrespeito.

Enfim, vamos explicar a situação. Vi o link de uma propaganda brasileira sobre os argentinos e a Copa do Mundo e fui conferir. Na verdade a tal propaganda não é tão má ou preconceituosa assim. Mas, um link leva a outro que leva a outro e outro e eis que me vejo acessando as propagandas de uma marca famosa de cerveja brasileira. Que vergonha!!!! Verdadeira “verguenza ajena”. Sabe aquela sensação de “não acredito?”

Enfim, não sei porque e já expressei minha indignação aqui – Desabafo de uma residente apaixonada – os brasileiros precisam parar de usar os argentinos como piada. E mais, fazer piada é uma coisa, desrespeitar as pessoas é outra!

Está certo, escolhi viver aqui. É problema meu se não quero viver no Brasil, mas ainda assim não acho que qualquer pessoa tenha o direito de ofender a outra, seja por diferença de raça, religião, cor, nacionalidade, futebol, o que seja!

Fico pensando: será que sou a única? Será que me ofendo por pouco ou realmente as pessoas perderam toda a noção de respeito??? Pára, brincadeira tem limite!

My thoughts12 Apr 2010 05:58 pm

Always dream and shoot higher than you know you can do. Don’t bother just to be better than your contemporaries or predecessors. Try to be better than yourself.
William Faulkner

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