Teaching


Teaching15 Apr 2010 11:39 pm

Não é fácil, mas é muito divertido. Português é um idioma capcioso (aliás, adjetivo que merece um post à parte), como dizia minha antiga professora de portugues e por isso, todo cuidado é pouco. Preparar as aulas é essencial, estudar então, nem se fala. Principalmente depois de uma temporada medianamente longa em terras portenhas, já que vai ficando cada vez mais fácil misturar “lé com cré” e soltar um belo castelhano como se fosse uma expressão totalmente natural do português. Muito cuidado e muita atenção, o tempo todo.

Mas, para mim um dos grandes “baratos” de ensinar português é nos momentos em que me lembro de coisas do Brasil, costumes, jeitos, expressões que há tempos não usava. Nessas horas me dou conta da distância e do tempo, mas também de como é impossível se esquecer de certas coisas. Também é muito gratificante sentir-se “dono” do idioma, aquele que conhece miudezas que os alunos jamais imaginariam.

Numa dessas me lembrei da expressão “vai catar coquinho”. Dá para imaginar ensinar isso a um estrangeiro? É muito estranho e, ao mesmo tempo, muito divertido. Quando voc ê solta uma dessas o aluno te olha com cara de espanto, tem estampado na cara um enorme ponto de interrogação e você acaba morrendo de rir, em parte da sua memória e em parte da cara do aluno.

Expressões como esta te remetem a um tempo passado, incerto, mas marcante. Provavelmente descontraído, entre amigos, até mesmo ridículo. Não sei se alguém mais usa essa expressão, mas me lembro que eu sim*. De onde vem, eu realmente não sei, mas acho que é muito mais divertida do que “vai tomar banho” ou “vai ver se eu estou na esquina”. É muito pitoresca!

Bem, mas o mais divertido ainda estava por vir. Depois de uma  longa aula,  fiz um comentário qualquer para os meus alunos que já estavam de saída e um deles me responde: “Ah, vai catar coquinho!”

Quase não pude acreditar! Criei um monstro!

*Fiquei curiosa e fui conferir no Google se alguém mais usava essa expressão e, “tcharam”: 288,000 for “vai catar coquinho”. Não sou a única!!!

**E tem mais coisas exdrúxulas/ridículas/divertidas do português nesse mesmo sentido:

“Vai pentear macaco.”
“Vai enxugar gelo.”

É sério! A gente fala essas coisas!!!

***Agora traduzido!

A expressão completa é “vai catar coquinho na ladeira”, que em espanhol literal significa: “vete a cojer coquitos/coquillos en una cuesta.” Ha! Mas nem em sonho eu solto uma dessas aqui!

Teaching26 Nov 2008 08:14 pm

There’s this book I got from a student and it was a great present. Not only have I used it in some of my classes, for both discussions and writing activities, but also for my own personal reading pleasure.

 

The book is called “Changes – Readings for Writers”, by Jean Withrow, Gay Brooks, and Martha Clark Cummings, and the publishing house is Cambridge University Press.

 

The idea is to make the future writer/actual student reflect upon different matters and exercise his/her speaking and writing skills with the help of some given texts. There are different topics for discussion and writing. As it says in its introduction: “(…) The book helps ESL students develop all language skills, especially reading and writing, through reading and responding to selections in writing and through talking with their peers. This process leads to more writing, which students then share with their peers and instructor”

 

So, the first lesson brings an extract that I find especially revealing and interesting. I’d like to share it with you:

 

“WHEN ONE DOOR OPENS

Helen Nearing

            Helen Nearing wrote these words after her husband of fifty-three years       old died. At that point in her life, she chose to live alone and to write       about their life together. She and Scott Nearing had been devoted to     homesteading, peace, and social justice. They considered it “the good life.”

 

When one door closes, another opens…into another room, another space, other happenings. There are many doors to open and close in our lives. Some doors we leave ajar, where we hope and plan to return. Some doors are slammed shut decisively – “No more of that!” – Some are closed regretfully, softly – “It was good, but it is over.” Departures entail arrivals somewhere else. Closing a door, leaving is behind, means opening onto new vistas and ventures, new possibilities, new incentives.”